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Posts Tagged ‘Daura’

Essa cervejinha é a minha Coca-Cola do deserto. Ainda não sei o mapa da mina, mas nada como a necessidade pra servir de estímulo!

Essa cervejinha é a minha Coca-Cola do deserto. Ainda não sei o mapa da mina, mas nada como a necessidade pra servir de estímulo!

Semana passada, por conta do Celiac Day, evento que aconteceu na Universidade Federal de Pernambuco sobre a Doença Celíaca (intolerância ao glúten), meus pensamentos voaram bem longe. Tão longe que quase me “estabaquei” quando cruzei minhas projeções no tempo de Theo quando for adolescente….

O vaucher com direito a frase de estímulo “Boa Viagem!” para essa viagem foi presente de Dra. Cristiana Menezes, nutricionista, e que trabalha com o tema há uns dez anos aqui no Recife (nem sabe, a bichinha : )))). Ela já coordenou um grupo de mães de pacientes celíacos no IMIP, inclusive. Em sua palestra lá na Federal ela falou uma coisa que nunca tinha parado pra pensar sob o mesmo ponto de vista. A de que para as crianças, que desde cedo descobrem a DC, a restrição alimentar não é nada demais. Só uma rotina antiprática. Mas isso mais para os pais do que para a pirralhada.

Isso até já tinha falado aqui. E isso é real. Theo, por exemplo, nem gosta do cheiro que vem da padaria: cheiro de pão; assim como não gosta de cheiro de pizza… e por aí vai. Na verdade, nunca pôs um pedaço de pão na boca. Então pra ele, diferente do que possa supor o senso comum, não comer isso não faz a menor falta.Claro.

Entonces, ele não sente a “exclusão social” que a restrição aliementar causa. A criança, na verdade, como disse Cristiana, sente-se, ao contrário, espeial e privilegiada por uma alimentação toda cheia dos “gueri-gueri” pra ela. Não é tão chato… não é tão difícil. Dá para nós, mães, ir fazendo as substituições. É trabalhoso, claro. Afinal, o trigo é o rei da cocada-preta, uma espécie de coringa da culinária, mas proibidíssimo no nosso jogo alimentar (dos celíacos). Mas fazer o quê… as coisas não deixam de andar bem por conta disso. E com crianças celíacas fica mais fácil controlar tudo.

Mas vem que a viagem sideral do juízo chega na adolescência ou “aborrecência. Termo acunhado com precisão para esta fase difícil da vida (para os próprios adolescentes, é verdade, mas também para quem está junto a eles). E eu pensei em Theo…. nas farrinhas, na cervejinha (proibida), na faculdade, nos lanchinhos de fim de noite…. valei-me. Assustei! : )

Vou confiar e apostar no taco da educação que estou dando a ele hoje. Mas lembrando que “negar” tudo isso (EU, PAI, as nossas “regras”) faz parte do processo desta fase. Entonces…. é mesmo esperar pra ver. Ui!!!

ps: Desde a semana passada que eu, mãe, entrei na dieta. Meu exame de sangue deu positivo (o anti-transglutaminase e o anti-endomíseo) mas com as vilosidades do intestino sem inflamação na biópsia. Ou seja, no limbo, tenho risco de ser (estou em estudo) uma celíaca assintomática (percentual também bem grande no mapeamento dos celíacos). No meu caso, a observação clínica é fundamental. Porque para além dos sintomas clássicos existem outras reclamações do corpo que é preciso ficar atenta…. Os médicos precisam estar mais atentos!!!!

Bem, na dieta, estou. Ponto. Cinco dias. E penando com “abstinência” da cervejinha….. descobri que a única sem glúten, ou com baixa concentração de glúten (menos de 6 ppm) disponível no Brasil se chama Daura (da espanhola Estrella). Ainda não tive tempo de procurar por aqui (Recife). Por aqui, só tempo de pensar, por enquanto, em alguma bebidinha refrescante para o dia de praia. Tentei frisante, vinho, saquê…. no finde passado e o negócio travou. Não rola. Sou da boemia braba e banhada a cervejinha. E geladinha. : (( Água na boca!!!! : )))

Aí é quando mais uma vez penso em Dra. Cristiana… e na sua fala a respeito. Porque pode ser um custo até alto mas por um benefício ainda maior. E eu sei. Mas dizer que pra quem já conhece tudo no paladar é mais difícil é… isso ninguém pode dizer que não é. E eu estou reaprendendo a comer: tomar café (sem o pãozinho de cada dia), almoçar em casa ou trazer lanchinhos na bolsa; e pensar no que dá para lanchar na Pós… Isso tem sido aprendizado que pode me ajudar no trato com Theo. Por isso tenho achado que vale bem a pena. Mas que ainda estou meio perdida, estou.

ps1: a Daura, vi agora no site, custa só R$ 18 reaus. Uma de 3 e pouquinho ml…. um sacrilégio! : ( Minhas quintas de Central estão menos animadas…. : ( Vou cascavilhar por aqui pra ver se acho e experimento.

ps2: Theo achou o máximo a mãe ser igual a ele. Disse até que, a partir de agora, me empresta as ferramentas dele. : )

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